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DEMODICOSE ou SARNA DEMODÉCICA GENERALIZADA

COMO DETECTAR O CRIADOR QUE TRABALHA PARA DIMINUIR O NASCIMENTO DE ANIMAIS QUE APRESENTEM DEMODICOSE?

O cuidado mínimo...

...que um criador deve ter é o de nunca reproduzir nenhum cão que já tenha o diagnóstico da doença

O criador responsável...

...só reproduz animais que nunca tenham tido nenhum sinal clínico relacionado à demodicose. 

Antes de escolher seu filhote, solicite ao criador laudos veterinários de saúde dermatológica dos pais

Muito cuidado com o criador que...

......não retira da reprodução cães diagnosticados com a doença. Isto provoca o nascimento de muitos filhotes que desenvolvem a doença, e aumenta a prevalência da doença na raça 

Vocé é criador, já trabalha da maneira proposta para a diminuição da doença, mas quer fazer mais?

Parabéns!

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entre em contato conosco! 

Descrição:

         Demodex canis é um acaro que está normalmente presente na pele dos animais saudáveis, mas cuja quantidade é controlada pelo sistema imunológico. No entanto, quando há um desequilíbrio imunológico os ácaros podem se multiplicar ocasionando inflamação e quadros de demodicose, também conhecida como "sarna demodécica" ou "sarna negra", pois provoca a queda dos pelos e modificações importantes da pele. 

            Dependendo da idade em que o cão é acometido, a Demodicose pode ser classificada em:

-Demodicose juvenil (3 a 11 meses), que geralmente ocorre em locais específicos do corpo e pode ser controlada com o uso de antiparasitários, e com o desenvolvimento do sistema imunológico no caso de cães normais. Estes cães não recisam ser descartados como reprodutores. 
Demodicose Adulta (acima de 12 meses), que geralmente ocorre de forma mais generalizada e possui um manejo bem mais complexo, nem sempre sendo efetivo o tratamento padrão com o antiparasitário. Muitas vezes estes episódios são desencadeados por fatores externos - como estresse e modificações hormonais nas fêmeas - mas que desencadeam a doença somente em cães com a predisposição genética, como é característica de
doenças multifatoriais. Por isto, é importante que cães de ambos os sexos com este diagnóstico sejam retirados da reprodução.

A Demodicose generalizada do adulto é mais comum em regiões tropicais e subtropicais, onde a doença pode assumir um curso mais agressivo

Os sintomas de demodicose generalizada são variáveis tendo seu inicio mais freqüente com lesões localizadas que acabam se disseminando, essas lesões são caracterizadas por zonas alopécicas (com ausência de pelos) com eritemas (vermelhidão), descamação, prurido e a pele acometida pode apresentar hiperpigmentação, erosões e crostas. As áreas mais acometidas são a cabeça, focinho e membros (principalmente os membros anteriores).

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Como a demodicose não acontece somente pela presença do ácaro, mas sim devido à predisposição genética para um sistema imunológico que não é eficiente, cães que apresentaram a doença, mesmo que esteja recuperados não devem ser utilizados como reprodutores. A utilização de uma fêmea com demodicose para a reprodução é ainda mais problemática pois além de passar a predisposição genética, a mesma ainda irá transmitir o excesso de ácaros para os filhotes, através do contato próximo que ocorre durante a amamentação. 

Diagnóstico:

         Entre os meios de diagnósticos, a raspagem profunda da pele e a posterior observação ao microscópio é o melhor método. Segundo Muller e Kirk (1996) o teste tireóideo adicional deve ser realizado, uma vez que hipotireoidismo pode desencadear a demodicose em cães adultos. Muller e Kirk também relatam que deve-se suspeitar de demodicose quando houver foliculite, já que a Piodermatite Generalizada pode ter semelhanças, bem como a Dermatofitose (manchas localizadas) e o Impetigo Canino. 

Outros autores também destacam a diferenciação com Dermatite por sensibilidade ao zinco, infecção micótica profunda, erupção por farmacos e pênfigo foliaceo.

Para confirmação do diagnóstico é necessário encontrar um número elevado de acaros adultos ou formas imaturas assim como ovos. (WILLEMSE, 1998)

Para saber mais:

-  HARVEY, Richard; MCKEEVER, Patrick J. Manual Ilustrado de enfermedades de la piel en perro y gato. España: Grass Edicions, 2001. 194-200, 206, 208, 209p
-  MULLER, C. E. V.; KIRK, G. H. V. Doenças parasitárias da pele. In: SCOTT, D. W. et al. Dermatologia de Pequenos Animais. 5.ed. Rio de Janeiro: Interlivros. 1996. 385-388. 390-392, 394-397, 399p.
- WILLEMSE, T. Doenç
as Parasitárias Dermatológicas. Clinica de cães e gatos. Cap 4, ed moenele ltda. 1998 32-33p

Colaboração: Andria Gomes Sedrez.

Graduanda em Zootecnia pela UFPel

Bolsista de Iniciação Científica do grupo MegaGen-UFRGS

Bolsa Instituto Premier Pet

Colaboração: Mariana Caetano Teixeira, Médica Veterinária,

Mestre e Doutora em Ciências Veterinárias – ênfase em Parasitologia. 

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